sexta-feira, 14 de maio de 2010

Um poema dedicado a quem muito sinto a falta!

Esta palavra saudade
Sete letras de ternura
Sete letras de ansiedade
E outras tantas de aventura
Esta palavra saudade
A mais bela e a mais pura
Sete letras de verdade
E outras tantas, de loucura
Sete pedras, sete cardos
Sete facas e punhais
Sete beijos q são nados
Sete pecados mortais
Esta palavra saudade
Dói no corpo devagar
Quando a gente se levanta, fica na cama a chorar
Esta palavra saudade
Sabe a sumo de limão
Tem um travo de amargura,
Que nasceu no coração
Ai palavra amarga e doce estrangulada na garganta
Palavra com se fosse o silêncio, que se canta
Meu cavalo imenso e louco a galopar na distância
Entre o muito e entre o pouco, que me afasta da infância
Esta palavra saudade é a mais prenha de pranto, como um filho nascesse
Por termos sofrido tanto

Por termos sofrido tanto
É que a saudade está viva
São sete letras de encanto
Sete letras por enquanto,
Enquanto a gente for viva

Esta palavra saudade sabe ao gosto das amoras
Cada vez que tu não vens, cada vez que tu demoras
Ai palavra amarga e doce, debruçada na idade
Palavra como se fossemos resto de mocidade
Marcada por sete letras a ferro e a fogo no tempo
Ai, palavra dos poetas que a disparam contra o vento
Esta palavra saudade dói no corpo devagar
Quando a gente se levanta fica na cama a chorar

Por termos sofrido tanto
É que a saudade está viva
São sete letras de encanto
Sete letras por enquanto,
Enquanto a gente for viva

domingo, 9 de maio de 2010

Eternidade

O que é a Eternidade?
A Eternidade foge para além do nosso conceito temporal tridimensional.
Com efeito, o Tempo não existe, é apenas uma consideração humana.
Justificada e sustentada esta forma de ver, pelo facto do Tempo ser definido como o nº de voltas que o Planeta dá sobre si mesmo e em torno do Astro que gravita e que o mantém vivo. Assim, como podemos querer medir a Eternidade ou o Universo?!?
Vivemos num mundo onde a nossa necessidade de controlo egoico e de organização espacio-temporal nos obriga a ter calendários e relógios. Atrever-me-ia ainda a dizer que o próprio Espaço não existe, porque não existem instrumentos de medida para o que não pode ser mensurável.
Poderão dizer: "ah, mas as distâncias no Universo medem-se pelos anos-luz". Muito bem, considerando ainda que Einstein tenha conseguido um c
alculo exacto da velocidade da Luz (mas afinal, o que é a Luz?!? eheheheh), ela viaja a 300 000 (trezentos mil) km/segundo. Mantendo as noções de medida humanas, alguém consegue compreender a distância de 10406880000000 km?!? Em medidas terrenas, isto é, aproximadamente, a distância que a Luz percorre num ano terrestre. (330000*60*60*24*365*)
A Eternidade e o Universo vão para além daquilo que a nossa mente consegue compreender e aceitar. Poderemos criar um conceito teórico, matemático e dizer que a luz viaja a 1.0406880*10 elevado à décima terceira potência mas... isso interessa para quem? Apenas os astrofísicos e os engenheiros aeroespaciais necessitam dessa medida para registarem a actividade espacial. Mas a medida vale aquilo que vale!
Partimos, então, da permissa errada. Coloco a questão que me parece ser a correcta: porque queremos nós controlar o Tempo?
Não existe Tempo nem Espaço, apenas existe Energia! E tudo, TUDO, no Universo é energia. Somos levados e enviosar essa percepção, pela limitação de frequência a que estamos sujeitos, pelos nossos olhos humanos, que nos fazem crer que a realidade como eles a vêem existe de facto. O nosso cérebro interpreta estímulos de Luz, dá-lhes forma, dá-lhes sentido baseado nas experiências anteriores.
As "coisas", em si mesmas, não existem! O que existe é uma interpretação cerebral da Energia que observamos. E as nossas memórias são afectadas pelo nosso instinto de sobrevivência. O Medo que criámos e criamos dentro de nós tem a sua justificação. Ao observarmos o Outro, percebemos que determinados comportamentos ou formas energéticas podem determinar o seu sofrimento ou desaparecimento. baseado nessa observação, o nosso cérebro cria uma série de mecanismos de aprendizagem, para que não repitamos o que observámos.
Tudo no Universo vibra energeticamente e nada mais existe que partículas, ínfimas, que vibram e "contagiam" as particulas a sua volta à mesma frequência vibracional, aglomerando-se em determinados grupos de vibração energética, que criam os "objectos": arco-iris, chuva, núvens, pedras, rochas, planetas, estrelas, plantas, animais, Homem...
Creio que somos uma Energia consciente, com memória, porque imortal. Mas esta consciência advém de vibrarmos em determinada frequência energética! O nosso corpo é apenas um invólucro que utilizamos, tal como este computador é um instrumento para comunicar e que se desliga quando eu quiser (e às vezes sem eu querer!) e que, findas as aprendizagens, podemos descartar e devolver, para que possa ser reciclado e criado de novo.
Em suma, Energia existe dentro e fora de nós, somos formados e trespassados por ela.
Temos olhos físicos que nos limitam a percepção e temos um cérebro que apenas entende aquilo que vê, distorcidamente, através desses olhos físicos.
Vivemos num mundo em que os outros sentidos existem apenas para confirmar o que vêem os olhos.
Gostaria de lançar um desafio a todos vós: num local que seja agradável para vós, experimentem fechar (ou vendar mesmo) os olhos e deixem que outro sentido passe a ser o Regente da informação cerebral. Deliciem-se!
Desta forma, o que temos de entender é que nada é Real. Tudo quando vemos, sentimos, consideramos é enviesado pela forma como percepcionamos o Mundo.
Costumo dizer que os acontecimentos na nossa Vida não são bons nem maus. São aquilo que são. É a forma como vemos, no limite a forma como pensamos, que os determina e classifica. Mas essa forma é só um pensamento e os pensamentos podem ser mudados.
Aquilo que pensamos e sentimos determina o que se apresenta para nós como Real. Daí ter como mensagem inicial "não é o Mundo que determina o que somos, mas somos nós que determinados como o Mundo se apresenta".
Acredito que cada vez mais nos aproximamos da compreensão do Campo de Intenção que criamos na nossa vida. O Mundo é o reflexo do que atraímos para ele e um espelho de nós mesmos.
Esta comprensão implica, no entanto, a aceitação de que tudo quanto acontece nas nossas Vidas é fruto daquilo que semeamos. Compreender a Vida desta forma deixa pouca margem para colocar a culpa nos Outros, na Vida ou na (má) Sorte.
Mas é chegado o tempo de assumirmos o nosso Poder e compreendermos que somos co-criadores da nossa Realidade.
Como mudar? Compreender que vivemos num pensamento de Medo, de escassez. Passar a sentir que o Amor é a única realidade que existe e olharmos para o Mundo com abundância.
E isto irá mudar, para sempre, as nossas Vidas.
"There is no spoon" (Matrix I)

sexta-feira, 7 de maio de 2010

O que é o Amor

Nem de propósito, iniciei hoje uma discussão metafísica sobre o conceito de Amor. Pois aqui fica a minha opinião:
O Amor é a única energia verdadeira que existe no Universo. Numa concepção mais metafisica, se não esoterica, o Amor é a Energia da Criação. Tudo o resto pode ser incluido no Medo, sentimento que advém das projecções do próprio Ego e que derivam da observação distorcida e idiossincrática da Realidade. O Amor existe enquanto a Essência Verdadeira do que tudo é. Sentimento de Amor físico? Sinapes e circulação hormonal... Mas o corpo físico é o reflexo da nossa Energia Imortal.
Pretendo significar que o Amor existe como algo exterior a cada um de nós! Existe enquanto essência que nos atravessa e transcende. O que quero dizer é que, se não existisse o Homem, o Amor existia da mesma forma! Não o criamos dentro de nós, apenas o sentimos!
Numa altura do Mundo em que todos andam demasiado ocupados a pensar no que não querem, esquecem-se do essencial: definir o q querem e o que são! Discutir temas é uma excelente forma de nos encontrarmos a nós próprios e compreendermos qual a nossa posição relativamente ao Mundo. Gostaria de conhecer a tua opinião também!

sábado, 1 de maio de 2010

Sair à Noite

Depois de 6 anos de jejum de saídas e incursões nocturnas, eis que ontem decidi sair com uns amigos. A Volta? Sempre a mesma, mais rua menos porta...
Bairro Alto, Frágil (15 minutos, não mais, sob pena de ficarmos em overdose completa daquela essência misteriosa que resulta da mistura secreta entre os sovacos dos que não sabem o que é um banho e os exageros de quem não sabe o que é o decoro, "perfumisticamente" falando!)
A Juventude? Essa sempre fantástica! A beber que nem umas esponjas, oscilam os seus graus de Humor, entre o completamente enjoado (fruto da mistura com certas substâncias aromáticas que se fumam... diria a minha avózinha que era Rosmaninho!) e o completamente enebriado!
As pessoas? Bom, a maioria sempre iguais a elas próprias, com algumas agradáveis surpresas e reencontros, passados todos estes anos!
Diverti-me? Imenso! Acho que pela primeira vez estive eu mesmo, no meu Centro, genuinamente a divertir-me com os amigos! E a Alegria é contagiante!!!
Pergunto-me qual a força que move toda aquela gente ao Reencontro Semanal, num comportamento ritualista que saíu do Domingo de manhã, para os serões e noites de 6a e Sábado. Tal qual como outras gerações, também a minha e a que se seguem, procuram neste Reencontro os comportamentos ritualísticos! "Sair a Noite" passou a ser a nova "Missa", o novo culto, onde o sacerdote é substituído pelo próprio ser (pastor dele mesmo), as Escrituras passam a conversas e a Partilha passa a ser de bebidas, cigarros e drogas!
Mas aquilo que escapa ao olhar menos atento é esta necessidade de ritual: porque se movem as pessoas num mesmo movimento perpétuo de ritual, passando pelas mesmas ruas, vendo as mesmas caras, bebendo as mesmas bebidas e frequentando os mesmos locais, dia a pós dia, semana após semana?
Estará a necessidade ritualista assim tão intrincada em nós mesmos? Não duvido! Substituem-se os objectos, mas o hábito não se consegue perder!
Somos, afinal, um animal de rituais, de hábitos e de cultos.
Ainda por descobrir está a Grande Mudança! Neste momento as pessoas sentem-se perdidas, sem guias, sem "Norte". É tão maravilhoso observar esta mudança! O hábito ritualista tornou-se tão imensamente enraizado, que mesmo não havendo já identificação com a energia de Peixes e a necessidade de se juntar a um Grupo e ter um Pastor, a energia Aquariana ainda não se manifestou por completo. Muitos receiam mudar e procuram nos seus hábitos sociais as compensações para esse "vazio" ritualista!
Quando plenamente manifestada, a Era de Aquário traz-nos aquilo que conheço já: a consciência de nós mesmos, do nosso Centro, de onde ainda fugimos! Procurei (e consegui!) não saír de mim mesmo! E foi bom, muito bom!!!
O que vem aí? Um tempo de encontro interno, pessoal, onde Eu sou o meu Pastor e, guiado pelo meu Eu Superior, vivo as experiências terrenas e aprendo, sem margem para dúvidas, o Amor Incondicional!
E ontem só senti amor por todos os seres!
Obrigado Vida!