sábado, 1 de maio de 2010

Sair à Noite

Depois de 6 anos de jejum de saídas e incursões nocturnas, eis que ontem decidi sair com uns amigos. A Volta? Sempre a mesma, mais rua menos porta...
Bairro Alto, Frágil (15 minutos, não mais, sob pena de ficarmos em overdose completa daquela essência misteriosa que resulta da mistura secreta entre os sovacos dos que não sabem o que é um banho e os exageros de quem não sabe o que é o decoro, "perfumisticamente" falando!)
A Juventude? Essa sempre fantástica! A beber que nem umas esponjas, oscilam os seus graus de Humor, entre o completamente enjoado (fruto da mistura com certas substâncias aromáticas que se fumam... diria a minha avózinha que era Rosmaninho!) e o completamente enebriado!
As pessoas? Bom, a maioria sempre iguais a elas próprias, com algumas agradáveis surpresas e reencontros, passados todos estes anos!
Diverti-me? Imenso! Acho que pela primeira vez estive eu mesmo, no meu Centro, genuinamente a divertir-me com os amigos! E a Alegria é contagiante!!!
Pergunto-me qual a força que move toda aquela gente ao Reencontro Semanal, num comportamento ritualista que saíu do Domingo de manhã, para os serões e noites de 6a e Sábado. Tal qual como outras gerações, também a minha e a que se seguem, procuram neste Reencontro os comportamentos ritualísticos! "Sair a Noite" passou a ser a nova "Missa", o novo culto, onde o sacerdote é substituído pelo próprio ser (pastor dele mesmo), as Escrituras passam a conversas e a Partilha passa a ser de bebidas, cigarros e drogas!
Mas aquilo que escapa ao olhar menos atento é esta necessidade de ritual: porque se movem as pessoas num mesmo movimento perpétuo de ritual, passando pelas mesmas ruas, vendo as mesmas caras, bebendo as mesmas bebidas e frequentando os mesmos locais, dia a pós dia, semana após semana?
Estará a necessidade ritualista assim tão intrincada em nós mesmos? Não duvido! Substituem-se os objectos, mas o hábito não se consegue perder!
Somos, afinal, um animal de rituais, de hábitos e de cultos.
Ainda por descobrir está a Grande Mudança! Neste momento as pessoas sentem-se perdidas, sem guias, sem "Norte". É tão maravilhoso observar esta mudança! O hábito ritualista tornou-se tão imensamente enraizado, que mesmo não havendo já identificação com a energia de Peixes e a necessidade de se juntar a um Grupo e ter um Pastor, a energia Aquariana ainda não se manifestou por completo. Muitos receiam mudar e procuram nos seus hábitos sociais as compensações para esse "vazio" ritualista!
Quando plenamente manifestada, a Era de Aquário traz-nos aquilo que conheço já: a consciência de nós mesmos, do nosso Centro, de onde ainda fugimos! Procurei (e consegui!) não saír de mim mesmo! E foi bom, muito bom!!!
O que vem aí? Um tempo de encontro interno, pessoal, onde Eu sou o meu Pastor e, guiado pelo meu Eu Superior, vivo as experiências terrenas e aprendo, sem margem para dúvidas, o Amor Incondicional!
E ontem só senti amor por todos os seres!
Obrigado Vida!

Sem comentários:

Enviar um comentário