domingo, 27 de junho de 2010

Excerto do "Ensaio metafísico sobre a Vida e a Morte"

Comece por se perguntar: “Tenho medo de quê?”. “Tenho medo de sofrer? Tenho medo de ficar pobre? Tenho medo de morrer? Tenho medo de ficar sem família, sem amigos? Tenho medo de ficar doente?” ou tantos outros medos…
Vivemos o nosso dia-a-dia imersos em dramas infindáveis da nossa mente. Se perdêssemos algum tempo a racionalizar o que se passa na nossa Mente, chegaríamos a uma única conclusão: “Estou louco!”
Pare durante 5 minutos, feche os olhos e deixe apenas que a sua Mente trabalhe, sem influência sua. Veja quantas imagens, pensamentos, sentimentos surgem à sua frente. Veja a multiplicidade de cenas sem nexo que se amontoam a frente dos seus olhos.
Imagine se alguém lhe descrevesse o que estava a pensar, sem filtros e com a capacidade para falar tão rápido quanto pensa. O que diria dessa pessoa? Imagine que alguém lhe descreve o que você vê na sua Mente, mas entenda-o como se fosse dessa mesma pessoa. Estaria ela louca?
Acredito que vivemos num mundo ilusório, de programações e pressuposições que condicionam a nossa Vida e a forma como podemos exercer controlo sobre ela. Sei que fomos programados para acreditar apenas no que os nossos olhos físicos vêem. Mas… e aquilo que não vemos mas sabemos que está lá? E o que não ouvimos, mas sabemos que se manifesta?

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Um poema dedicado a quem muito sinto a falta!

Esta palavra saudade
Sete letras de ternura
Sete letras de ansiedade
E outras tantas de aventura
Esta palavra saudade
A mais bela e a mais pura
Sete letras de verdade
E outras tantas, de loucura
Sete pedras, sete cardos
Sete facas e punhais
Sete beijos q são nados
Sete pecados mortais
Esta palavra saudade
Dói no corpo devagar
Quando a gente se levanta, fica na cama a chorar
Esta palavra saudade
Sabe a sumo de limão
Tem um travo de amargura,
Que nasceu no coração
Ai palavra amarga e doce estrangulada na garganta
Palavra com se fosse o silêncio, que se canta
Meu cavalo imenso e louco a galopar na distância
Entre o muito e entre o pouco, que me afasta da infância
Esta palavra saudade é a mais prenha de pranto, como um filho nascesse
Por termos sofrido tanto

Por termos sofrido tanto
É que a saudade está viva
São sete letras de encanto
Sete letras por enquanto,
Enquanto a gente for viva

Esta palavra saudade sabe ao gosto das amoras
Cada vez que tu não vens, cada vez que tu demoras
Ai palavra amarga e doce, debruçada na idade
Palavra como se fossemos resto de mocidade
Marcada por sete letras a ferro e a fogo no tempo
Ai, palavra dos poetas que a disparam contra o vento
Esta palavra saudade dói no corpo devagar
Quando a gente se levanta fica na cama a chorar

Por termos sofrido tanto
É que a saudade está viva
São sete letras de encanto
Sete letras por enquanto,
Enquanto a gente for viva

domingo, 9 de maio de 2010

Eternidade

O que é a Eternidade?
A Eternidade foge para além do nosso conceito temporal tridimensional.
Com efeito, o Tempo não existe, é apenas uma consideração humana.
Justificada e sustentada esta forma de ver, pelo facto do Tempo ser definido como o nº de voltas que o Planeta dá sobre si mesmo e em torno do Astro que gravita e que o mantém vivo. Assim, como podemos querer medir a Eternidade ou o Universo?!?
Vivemos num mundo onde a nossa necessidade de controlo egoico e de organização espacio-temporal nos obriga a ter calendários e relógios. Atrever-me-ia ainda a dizer que o próprio Espaço não existe, porque não existem instrumentos de medida para o que não pode ser mensurável.
Poderão dizer: "ah, mas as distâncias no Universo medem-se pelos anos-luz". Muito bem, considerando ainda que Einstein tenha conseguido um c
alculo exacto da velocidade da Luz (mas afinal, o que é a Luz?!? eheheheh), ela viaja a 300 000 (trezentos mil) km/segundo. Mantendo as noções de medida humanas, alguém consegue compreender a distância de 10406880000000 km?!? Em medidas terrenas, isto é, aproximadamente, a distância que a Luz percorre num ano terrestre. (330000*60*60*24*365*)
A Eternidade e o Universo vão para além daquilo que a nossa mente consegue compreender e aceitar. Poderemos criar um conceito teórico, matemático e dizer que a luz viaja a 1.0406880*10 elevado à décima terceira potência mas... isso interessa para quem? Apenas os astrofísicos e os engenheiros aeroespaciais necessitam dessa medida para registarem a actividade espacial. Mas a medida vale aquilo que vale!
Partimos, então, da permissa errada. Coloco a questão que me parece ser a correcta: porque queremos nós controlar o Tempo?
Não existe Tempo nem Espaço, apenas existe Energia! E tudo, TUDO, no Universo é energia. Somos levados e enviosar essa percepção, pela limitação de frequência a que estamos sujeitos, pelos nossos olhos humanos, que nos fazem crer que a realidade como eles a vêem existe de facto. O nosso cérebro interpreta estímulos de Luz, dá-lhes forma, dá-lhes sentido baseado nas experiências anteriores.
As "coisas", em si mesmas, não existem! O que existe é uma interpretação cerebral da Energia que observamos. E as nossas memórias são afectadas pelo nosso instinto de sobrevivência. O Medo que criámos e criamos dentro de nós tem a sua justificação. Ao observarmos o Outro, percebemos que determinados comportamentos ou formas energéticas podem determinar o seu sofrimento ou desaparecimento. baseado nessa observação, o nosso cérebro cria uma série de mecanismos de aprendizagem, para que não repitamos o que observámos.
Tudo no Universo vibra energeticamente e nada mais existe que partículas, ínfimas, que vibram e "contagiam" as particulas a sua volta à mesma frequência vibracional, aglomerando-se em determinados grupos de vibração energética, que criam os "objectos": arco-iris, chuva, núvens, pedras, rochas, planetas, estrelas, plantas, animais, Homem...
Creio que somos uma Energia consciente, com memória, porque imortal. Mas esta consciência advém de vibrarmos em determinada frequência energética! O nosso corpo é apenas um invólucro que utilizamos, tal como este computador é um instrumento para comunicar e que se desliga quando eu quiser (e às vezes sem eu querer!) e que, findas as aprendizagens, podemos descartar e devolver, para que possa ser reciclado e criado de novo.
Em suma, Energia existe dentro e fora de nós, somos formados e trespassados por ela.
Temos olhos físicos que nos limitam a percepção e temos um cérebro que apenas entende aquilo que vê, distorcidamente, através desses olhos físicos.
Vivemos num mundo em que os outros sentidos existem apenas para confirmar o que vêem os olhos.
Gostaria de lançar um desafio a todos vós: num local que seja agradável para vós, experimentem fechar (ou vendar mesmo) os olhos e deixem que outro sentido passe a ser o Regente da informação cerebral. Deliciem-se!
Desta forma, o que temos de entender é que nada é Real. Tudo quando vemos, sentimos, consideramos é enviesado pela forma como percepcionamos o Mundo.
Costumo dizer que os acontecimentos na nossa Vida não são bons nem maus. São aquilo que são. É a forma como vemos, no limite a forma como pensamos, que os determina e classifica. Mas essa forma é só um pensamento e os pensamentos podem ser mudados.
Aquilo que pensamos e sentimos determina o que se apresenta para nós como Real. Daí ter como mensagem inicial "não é o Mundo que determina o que somos, mas somos nós que determinados como o Mundo se apresenta".
Acredito que cada vez mais nos aproximamos da compreensão do Campo de Intenção que criamos na nossa vida. O Mundo é o reflexo do que atraímos para ele e um espelho de nós mesmos.
Esta comprensão implica, no entanto, a aceitação de que tudo quanto acontece nas nossas Vidas é fruto daquilo que semeamos. Compreender a Vida desta forma deixa pouca margem para colocar a culpa nos Outros, na Vida ou na (má) Sorte.
Mas é chegado o tempo de assumirmos o nosso Poder e compreendermos que somos co-criadores da nossa Realidade.
Como mudar? Compreender que vivemos num pensamento de Medo, de escassez. Passar a sentir que o Amor é a única realidade que existe e olharmos para o Mundo com abundância.
E isto irá mudar, para sempre, as nossas Vidas.
"There is no spoon" (Matrix I)

sexta-feira, 7 de maio de 2010

O que é o Amor

Nem de propósito, iniciei hoje uma discussão metafísica sobre o conceito de Amor. Pois aqui fica a minha opinião:
O Amor é a única energia verdadeira que existe no Universo. Numa concepção mais metafisica, se não esoterica, o Amor é a Energia da Criação. Tudo o resto pode ser incluido no Medo, sentimento que advém das projecções do próprio Ego e que derivam da observação distorcida e idiossincrática da Realidade. O Amor existe enquanto a Essência Verdadeira do que tudo é. Sentimento de Amor físico? Sinapes e circulação hormonal... Mas o corpo físico é o reflexo da nossa Energia Imortal.
Pretendo significar que o Amor existe como algo exterior a cada um de nós! Existe enquanto essência que nos atravessa e transcende. O que quero dizer é que, se não existisse o Homem, o Amor existia da mesma forma! Não o criamos dentro de nós, apenas o sentimos!
Numa altura do Mundo em que todos andam demasiado ocupados a pensar no que não querem, esquecem-se do essencial: definir o q querem e o que são! Discutir temas é uma excelente forma de nos encontrarmos a nós próprios e compreendermos qual a nossa posição relativamente ao Mundo. Gostaria de conhecer a tua opinião também!

sábado, 1 de maio de 2010

Sair à Noite

Depois de 6 anos de jejum de saídas e incursões nocturnas, eis que ontem decidi sair com uns amigos. A Volta? Sempre a mesma, mais rua menos porta...
Bairro Alto, Frágil (15 minutos, não mais, sob pena de ficarmos em overdose completa daquela essência misteriosa que resulta da mistura secreta entre os sovacos dos que não sabem o que é um banho e os exageros de quem não sabe o que é o decoro, "perfumisticamente" falando!)
A Juventude? Essa sempre fantástica! A beber que nem umas esponjas, oscilam os seus graus de Humor, entre o completamente enjoado (fruto da mistura com certas substâncias aromáticas que se fumam... diria a minha avózinha que era Rosmaninho!) e o completamente enebriado!
As pessoas? Bom, a maioria sempre iguais a elas próprias, com algumas agradáveis surpresas e reencontros, passados todos estes anos!
Diverti-me? Imenso! Acho que pela primeira vez estive eu mesmo, no meu Centro, genuinamente a divertir-me com os amigos! E a Alegria é contagiante!!!
Pergunto-me qual a força que move toda aquela gente ao Reencontro Semanal, num comportamento ritualista que saíu do Domingo de manhã, para os serões e noites de 6a e Sábado. Tal qual como outras gerações, também a minha e a que se seguem, procuram neste Reencontro os comportamentos ritualísticos! "Sair a Noite" passou a ser a nova "Missa", o novo culto, onde o sacerdote é substituído pelo próprio ser (pastor dele mesmo), as Escrituras passam a conversas e a Partilha passa a ser de bebidas, cigarros e drogas!
Mas aquilo que escapa ao olhar menos atento é esta necessidade de ritual: porque se movem as pessoas num mesmo movimento perpétuo de ritual, passando pelas mesmas ruas, vendo as mesmas caras, bebendo as mesmas bebidas e frequentando os mesmos locais, dia a pós dia, semana após semana?
Estará a necessidade ritualista assim tão intrincada em nós mesmos? Não duvido! Substituem-se os objectos, mas o hábito não se consegue perder!
Somos, afinal, um animal de rituais, de hábitos e de cultos.
Ainda por descobrir está a Grande Mudança! Neste momento as pessoas sentem-se perdidas, sem guias, sem "Norte". É tão maravilhoso observar esta mudança! O hábito ritualista tornou-se tão imensamente enraizado, que mesmo não havendo já identificação com a energia de Peixes e a necessidade de se juntar a um Grupo e ter um Pastor, a energia Aquariana ainda não se manifestou por completo. Muitos receiam mudar e procuram nos seus hábitos sociais as compensações para esse "vazio" ritualista!
Quando plenamente manifestada, a Era de Aquário traz-nos aquilo que conheço já: a consciência de nós mesmos, do nosso Centro, de onde ainda fugimos! Procurei (e consegui!) não saír de mim mesmo! E foi bom, muito bom!!!
O que vem aí? Um tempo de encontro interno, pessoal, onde Eu sou o meu Pastor e, guiado pelo meu Eu Superior, vivo as experiências terrenas e aprendo, sem margem para dúvidas, o Amor Incondicional!
E ontem só senti amor por todos os seres!
Obrigado Vida!

domingo, 25 de abril de 2010

Carta a um amigo que se sentia Só!

Querido amigo,
o que te quero dizer nestas simples palavras é que nunca, mas NUNCA, aches que és menos do que ninguém!
NUNCA sacrifiques aquilo que queres ou que faz sentido para ti, em nome de outra pessoa ou de uma relação. NUNCA te anules e, acima de tudo (e principalmente quando decisões dificeis são necessárias tomar) ama-te a ti mesmo, sempre! Mesmo que isso signifique deixares uma pessoa de quem gostas, porque sentes que não está a fazer-te bem.
Ama-te sempre e ama-te agora, ainda mais! Protege-te dos outros, não protejas os outros de ti!
Não fujas do Presente, refugiando-te no Passado. Se ainda algo ficou por resolver, o teu Passado voltará, sob outra vestimenta, mas terás a oportunidade de aprender o que não aprendeste antes.
Lembra-te do mais importante: tu és uma centelha de Deus e Deus é Amor Puro e Incondicional. NUNCA te sintas só, porque Ele nunca te abandona. E porque és parte d'Ele, lembra-te que tu nunca te abandonarás e é de ti próprio que dependes nos momentos mais difíceis.
Conta sempre contigo e com Deus!
Um abraço apertado e um beijo doce

domingo, 18 de abril de 2010

(re)Viver o Passado!

Ontem foi dia de visitar o Passado. Um encontro-relâmpago que deixou a sua marca cá dentro e me deixou inquieto. Alguém do meu passado, alguém que me dominou, bebeu da minha energia e me manipulou durante o tempo que permiti que o fizesse, cruzou-se comigo. Depois desse encontro, porque não satisfeito com o facto de eu estar distante emocionalmente e não permitir mais "assaltos" energéticos, que lhe fazem tanta falta fazer, disse-me: "Está tudo bem contigo? Estás diferente. Pareceste-me mal...Passa-se alguma coisa?"
Ora, se certezas existem na minha recém-iluminada Vida, é que estou bem, estou melhor que nunca e as descobertas epifânicas que tenho feito contribuem, e muito, para a minha mudança, energética e física.
Mas como não lhe dei energia e fui distante, ele foi capaz (ainda e espero que por pouco tempo!) de me tocar no "sítio certo" (aliás, como sempre foi mestre em fazer) e desarranjar-me.
Fiquei a pensar umas horas sobre o assunto, meditei, dormi e percebi quão tolo fui. Agradeço ao Universo este encontro que me fez entender que há pessoas que não querem mudar, que vêem o Mal em todo o lado e nem sequer se conseguem aperceber da mudança dos Outros.
Amigo, MUDEI SIM, estou BEM diferente do tempo em que me conheceste! Estou MELHOR, mais SIMPLES, mais CENTRADO, mais EM MIM! Libertei-me da CULPA, libertei-me dos JOGOS e recuperei o meu PODER, descobri a GRATIDÃO e a Fonte de Energia em mim, que me permite ser (quase) auto-suficiente.
De ti não guardo rancor nem saudade. Apenas sei que não te quero na minha vida e recordo, agradecido, todo o sofrimento que vivemos juntos, porque era necessário para eu aprender.
Aprendi que a Felicidade está no Amor e em mais lado nenhum. E descobri também que o Amor começa em nós mesmos e só depois se estende aos Outros.
Vivemos aspirando a cara-metade, a meia laranja, a tampa do tacho, como se metade de nós estivesse fora de nós! Meu Deus, que perspectiva distorcida... O Amor vem de dentro e só podemos amar alguém se nos amarmos a nós mesmos! E o que é Amar a nós próprios?
Amar a mim mesmo é sentir-me COMPLETO, cheio, pessoa! É sentir que não preciso do Outro para ser Eu Mesmo! Só aí, podemos amar realmente alguém, porque não dependemos dela. E por não dependermos dela, podemos Amar sem esperar nada em troca! Podemos amar por Amar! E Amar, como tudo o resto, é um sentimento nosso, que não depende de ninguém!
Descobrir o Amor Incondicional é perceber que não existe uma cara-metade, mas que o nosso Amor tem de se estender a TODOS no mundo. Perceber que estamos TODOS ligados, com uma missão comum: aprender a Amar INCONDICIONALMENTE! Perceber que TODOS SOMOS UM!!!
Obrigado pelas tuas palavras, ex-amante, porque me fazem pensar e crescer!

Sou grato por tudo quanto tenho, todos os dias! Sou grato por viver mais uma dia! Obrigado!

quinta-feira, 15 de abril de 2010

E de repente... 15 dias!

E de repente, passaram mais de 15 dias desde o último post. E tanta coisa mudou na minha vida! Tanta coisa que até me assusto com tudo quanto me é dado a conhecer diariamente.
Mais um dia de descobertas incessantes e maravilhosas sobre mim mesmo. Ando a procura de um sentido para a entrega ao "vício do tabaco". Se sabemos todos que faz mal à Saúde, que prejudica isto e aquilo, blá blá blá whiskas saquetas, não posso deixar de me perguntar: porque agrido, violentamente, o meu corpo diariamente com fumo? Afinal, o que não quererei ver?
Não será o acto de fumar apenas mais uma criancice egóica?!?
Se nada do que vemos existe na realidade, se nada no Mundo é real senão o Amor, porque nos prendemos às questões egoicas, como se delas dependesse a nossa sobrevivência, quando são elas mesmas que nos impedem de aceder à Verdade?
Hoje é um dia fantástico! Vivi plenamente, com o meu coração inundado de Alegria! Descobri que descobrir-me a mim mesmo a cada dia é o equivalente a estar apaixonado por mim mesmo!
Amanhã quero saber mais sobre mim. Quanto melhor me conhecer, melhor posso amar-me e, consequentemente, melhor posso amar o Outro!
Obrigado Vida!

domingo, 28 de março de 2010

Desencontros

O que fazer quando sabemos que gostamos de alguém e que o sentimento é mútuo, mas há coisas que se intrometem no caminho? Como ultrapassar as dificuldades? Os preconceitos? Os medos?
Se não posso obrigar ninguém a querer estar comigo, também tenho o direito de escolher se quero esperar ou não.
E os velhos padrões? Cá andam eles... música de "dor de corno", continuar a esperar pelas decisões dos outros e sonhar com um grande acontecimento romântico, com música de fundo, um beijo apaixonado...
Onde está o amor e uma cabana? Onde anda a simplicidade das coisas? Porquê nos limitamos tanto em sentimentos, só porque não é a cena perfeita que sonhámos?
A Vida não é perfeita e a aceitação do Outro como é, é o mais difícil que podemos fazer. A tentação de o transformar no que queríamos que fosse é demasiada... mas há coisas que não podemos mudar no Outro!
Somos espelhos uns dos outros, por isso, não posso deixar de me perguntar: "porque se cruza comigo alguém que é o que desejo de um companheiro, mas não é perfeito?" O que espelho eu?
Haverá uma parte de mim de que não gosto? Terei de me amar ainda mais e aceitar-me completamente!
Custa-me estar longe? Sim. Custa-me por fim ao que ainda não começou? Não quero! Mas não tenho o direito de me continuar a vitimizar!
Espero que o Amor seja maior que o Medo!
Espero poder viver com ele aquilo que acredito!

terça-feira, 23 de março de 2010

Americanices

Só hoje descobri a metáfora perfeita, que descreve os americanos. Afinal, os americanos não são mais do que miúdos da 4a classe, que fazem birra e acusam os outros das suas próprias acções. Se não, vejamos: têm a mania que são os donos do recreio (planeta), andam à bulha com todos os que não querem que sejam sempre eles a decidir as brincadeiras e trocam berlindes (armas) por chocolates (petróleo).
Mandaram os aviões contra as Torres e quando lhes perguntaram quem foi, disseram: "nós não fomos! Foi o mau do talibã Bin Laden"
Mas depois, ninguém compreende muito bem porquê, começaram à bulha com o Iraque. Até andaram a vasculhar o país de lés a lés, para justificar o facto de terem implicado sem razão e o resultado viu-se... afinal não havia armas de destruição maciça, mas entretanto o Saddam já estava morto e enforcado!
Boicotam as inovações em termos energéticos, porque o petróleo dá muito dinheiro... Claro! E o resto do pessoal que se aguente, porque eles são muito finos e não assinam Protocolos Ambientais!
Ainda assim, há coisas que me fazem "espécie": têm a maior indústria pornográfica mundial, mas na televisão nem "merda" se pode ouvir, sem que venha aquele "piii" irritante.
São muito puritanos, mas têm uma taxa de divórcios quase do tamanho das "falecidas" Torres.
Enfim, americanices :)

Mudanças e mais mudanças

A Aventura é muito boa :) Mas dá uma miaúfazinha!!!!! :) Hoje estou particularmente irritado (o que não é fácil andar irritado ultimamente) com a quantidade de PORCARIA que se acumula ao longo da vida. Isto de Mudanças é bom! Perguntam-nos, a cada segundo: "Queres libertar-te deste passado?" A resposta tem sido, invariavelmente, não! Mas vai mudar! É hoje que sou processado pela Câmara do Barreiro por ocupar vários contentores!
Toda esta mudança, com a incerteza do futuro como única certeza que tenho, não pode deixar de me fazer perguntar: Porque mudamos? Porque mudam as pessoas? De casa, de carro, de emprego, de amigos, de relação amorosa? O que nos move? A resposta, para mim, é óbvia... Mudamos por fora o que temos medo ou sentimos não conseguir mudar por dentro! Se ao menos tivéssemos um botão, à semelhança dos computadores, para fazer reset... Se ao menos tivessemos as nossas emoções todas arrumadinhas em pastas e decidir, com consciência, já não quero mais sentir isto e... delete a Pasta, sem direito a ir para o Recycle Bin :)
Então, não posso deixar de perguntar também: o que preciso de mudar por dentro?
Quero libertar-me dos meus fantasmas do passado, quero deixar de sentir da forma obsessiva que sinto, quero libertar-me da energia que me tem mantido preso às ridicularias da vida, estúpida e mundana, que todos vivemos!
E as preocupações que nos ocupam a cabeça, num turbilhão de pensamentos sem fim? E os filmes que fazemos?
Dá para "deletar"? Queres "deletar"?
Metade de tudo isto é, secretamente, não querermos deixar tudo isto partir porque nos faz olhar para nós como algo vazio... Se perdemos o passado, sentimos que perdemos a Identidade! Mas descubro HOJE que o passado não é o que somos, apenas temos de aprender dele as lições!
EU não sou o meu Passado, EU não sou o meu Futuro, EU SOU O MEU PRESENTE e o que está na minha Vida hoje é o espelho da forma como estou por dentro!
HOJE estou um Caos, mas a Ordem é o senhor que se segue!

segunda-feira, 22 de março de 2010

Mudança!

Estou em altura de Mudança, interior e exterior. Se a nossa casa, nos representa a nós, a minha costuma ter um quarto da desarrumação. Talvez seja aquele cantinho bem escondido dentro de mim, para onde arrumo o que não compreendo na minha vida e julgo que está resolvido. Pois agora é hora de desarrumar tudo, estou a alcançar o Caos. E isso é bom? Claro que sim! Na casa e na vida, uso esta oportunidade maravilhosa que o Universo me dá para deitar fora tudo quanto é velho, tudo quanto não uso e reerguer-me, mais uma vez, como um novo homem!
A saudade é o sentimento dos comodistas que julgam dar demasiado trabalho mudar ou dos cobardes que preferem ficar na mesma dor, que conhecem, do que aventurar-se no desconhecido!
A aventura ainda agora começou. Um novo Início, uma nova fase se avizinha. Tenho medo? Tenho! Mas tenho mais vontade de ser diferente, porque o que conheço já me cansa!
Nada melhor que a incerteza para apurar a mestria dentro de cada um de nós!
Ah, e acreditar em viver o Hoje, sem pensar muito no amanhã e deixando, definitivamente, o Ontem para outras paragens :)

Sexualidades

Depois de algum tempo metido numa re(a)lação bem "cabeluda", decidi que devia aproveitar as coisas boas da vida e, essencialmente, viver um dia de cada vez. Recentemente, parece que as relações andam destinadas a terminarem. Sinal dos novos tempos talvez, onde tudo quanto não seja verdadeiro nas nossas vidas se esfuma :)
Depois de ter passado um serão de ontem maravilhoso, onde encontrei o que há muito me faltava, não pude deixar de pensar: encontrar um quase desconhecido, dedicar tempo a conhecê-lo, despir-nos de roupas e preconceitos e explorar, sem pressas, os nossos corpos foi algo que toda a gente se esqueceu? Será que estamos toldados por uma núvem de necessidade imperiosa de afirmação do EU, onde o que conta é o prazer que procuramos e onde as "investidas" contra o outro se resumem a um Coito automático? Já nos esquecemos dos tempos de juventude, onde passávamos longas horas em sessões de "linguados", até os lábios ficarem dormentes? Ontem decidi que iria fazer diferente: dei-me tempo a mim, dei-lhe tempo a ele e, pela primeira vez em muito tempo, senti uma troca energética tão imensa que, em vez de nos desgastar, só nos tornou mais fortes. Seria amor? Não sei. O que acontecerá hoje, amanhã? Também não sei. Sinceramente, não quero saber. Se quero repetir? Claro!
Só sei que com toda a intensidade que vivi, esqueci-me do que se considera mais importante: o orgasmo. Mas a intensidade do que vivi foi tal, que valeu por umas quantas "jack off's" e não me preocupei nada com isso.
O amor é a única coisa que conheço no Universo que se multiplica, dividindo-se!!!
Viver o HOJE, porque amanhã não existe!!!

domingo, 21 de março de 2010

Carta Pastoral de Bento XVI

Depois da recente Carta Pastoral do Papa à Igreja da Irlanda, onde se sacode a "água do capote" pelo facto do Abuso Sexual de Menores ser uma questão transversal e se pede preserverança e oração para que a Igreja recupere a "dolorosa ferida", não pude deixar de pensar: serão, para a Igreja, os menores os prevaricadores..., as tentações do Demo?!? Invertem-se os papéis e o agressor passa a ser vítima arrependida? E se cada um de nós pudesse expressar livremente a sua sexualidade, sem repressões nem juízos de valor?!? Talvez não houvesse lugar a perversidades deste género, porque não seria necessário usar os mais "fracos" para satisfazer as necessidades humanas reprimidas. Porque a cada um seria permitido expressar-se sexualmente na forma adulta, consciente e plena!

http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?id=78426