domingo, 28 de março de 2010

Desencontros

O que fazer quando sabemos que gostamos de alguém e que o sentimento é mútuo, mas há coisas que se intrometem no caminho? Como ultrapassar as dificuldades? Os preconceitos? Os medos?
Se não posso obrigar ninguém a querer estar comigo, também tenho o direito de escolher se quero esperar ou não.
E os velhos padrões? Cá andam eles... música de "dor de corno", continuar a esperar pelas decisões dos outros e sonhar com um grande acontecimento romântico, com música de fundo, um beijo apaixonado...
Onde está o amor e uma cabana? Onde anda a simplicidade das coisas? Porquê nos limitamos tanto em sentimentos, só porque não é a cena perfeita que sonhámos?
A Vida não é perfeita e a aceitação do Outro como é, é o mais difícil que podemos fazer. A tentação de o transformar no que queríamos que fosse é demasiada... mas há coisas que não podemos mudar no Outro!
Somos espelhos uns dos outros, por isso, não posso deixar de me perguntar: "porque se cruza comigo alguém que é o que desejo de um companheiro, mas não é perfeito?" O que espelho eu?
Haverá uma parte de mim de que não gosto? Terei de me amar ainda mais e aceitar-me completamente!
Custa-me estar longe? Sim. Custa-me por fim ao que ainda não começou? Não quero! Mas não tenho o direito de me continuar a vitimizar!
Espero que o Amor seja maior que o Medo!
Espero poder viver com ele aquilo que acredito!

terça-feira, 23 de março de 2010

Americanices

Só hoje descobri a metáfora perfeita, que descreve os americanos. Afinal, os americanos não são mais do que miúdos da 4a classe, que fazem birra e acusam os outros das suas próprias acções. Se não, vejamos: têm a mania que são os donos do recreio (planeta), andam à bulha com todos os que não querem que sejam sempre eles a decidir as brincadeiras e trocam berlindes (armas) por chocolates (petróleo).
Mandaram os aviões contra as Torres e quando lhes perguntaram quem foi, disseram: "nós não fomos! Foi o mau do talibã Bin Laden"
Mas depois, ninguém compreende muito bem porquê, começaram à bulha com o Iraque. Até andaram a vasculhar o país de lés a lés, para justificar o facto de terem implicado sem razão e o resultado viu-se... afinal não havia armas de destruição maciça, mas entretanto o Saddam já estava morto e enforcado!
Boicotam as inovações em termos energéticos, porque o petróleo dá muito dinheiro... Claro! E o resto do pessoal que se aguente, porque eles são muito finos e não assinam Protocolos Ambientais!
Ainda assim, há coisas que me fazem "espécie": têm a maior indústria pornográfica mundial, mas na televisão nem "merda" se pode ouvir, sem que venha aquele "piii" irritante.
São muito puritanos, mas têm uma taxa de divórcios quase do tamanho das "falecidas" Torres.
Enfim, americanices :)

Mudanças e mais mudanças

A Aventura é muito boa :) Mas dá uma miaúfazinha!!!!! :) Hoje estou particularmente irritado (o que não é fácil andar irritado ultimamente) com a quantidade de PORCARIA que se acumula ao longo da vida. Isto de Mudanças é bom! Perguntam-nos, a cada segundo: "Queres libertar-te deste passado?" A resposta tem sido, invariavelmente, não! Mas vai mudar! É hoje que sou processado pela Câmara do Barreiro por ocupar vários contentores!
Toda esta mudança, com a incerteza do futuro como única certeza que tenho, não pode deixar de me fazer perguntar: Porque mudamos? Porque mudam as pessoas? De casa, de carro, de emprego, de amigos, de relação amorosa? O que nos move? A resposta, para mim, é óbvia... Mudamos por fora o que temos medo ou sentimos não conseguir mudar por dentro! Se ao menos tivéssemos um botão, à semelhança dos computadores, para fazer reset... Se ao menos tivessemos as nossas emoções todas arrumadinhas em pastas e decidir, com consciência, já não quero mais sentir isto e... delete a Pasta, sem direito a ir para o Recycle Bin :)
Então, não posso deixar de perguntar também: o que preciso de mudar por dentro?
Quero libertar-me dos meus fantasmas do passado, quero deixar de sentir da forma obsessiva que sinto, quero libertar-me da energia que me tem mantido preso às ridicularias da vida, estúpida e mundana, que todos vivemos!
E as preocupações que nos ocupam a cabeça, num turbilhão de pensamentos sem fim? E os filmes que fazemos?
Dá para "deletar"? Queres "deletar"?
Metade de tudo isto é, secretamente, não querermos deixar tudo isto partir porque nos faz olhar para nós como algo vazio... Se perdemos o passado, sentimos que perdemos a Identidade! Mas descubro HOJE que o passado não é o que somos, apenas temos de aprender dele as lições!
EU não sou o meu Passado, EU não sou o meu Futuro, EU SOU O MEU PRESENTE e o que está na minha Vida hoje é o espelho da forma como estou por dentro!
HOJE estou um Caos, mas a Ordem é o senhor que se segue!

segunda-feira, 22 de março de 2010

Mudança!

Estou em altura de Mudança, interior e exterior. Se a nossa casa, nos representa a nós, a minha costuma ter um quarto da desarrumação. Talvez seja aquele cantinho bem escondido dentro de mim, para onde arrumo o que não compreendo na minha vida e julgo que está resolvido. Pois agora é hora de desarrumar tudo, estou a alcançar o Caos. E isso é bom? Claro que sim! Na casa e na vida, uso esta oportunidade maravilhosa que o Universo me dá para deitar fora tudo quanto é velho, tudo quanto não uso e reerguer-me, mais uma vez, como um novo homem!
A saudade é o sentimento dos comodistas que julgam dar demasiado trabalho mudar ou dos cobardes que preferem ficar na mesma dor, que conhecem, do que aventurar-se no desconhecido!
A aventura ainda agora começou. Um novo Início, uma nova fase se avizinha. Tenho medo? Tenho! Mas tenho mais vontade de ser diferente, porque o que conheço já me cansa!
Nada melhor que a incerteza para apurar a mestria dentro de cada um de nós!
Ah, e acreditar em viver o Hoje, sem pensar muito no amanhã e deixando, definitivamente, o Ontem para outras paragens :)

Sexualidades

Depois de algum tempo metido numa re(a)lação bem "cabeluda", decidi que devia aproveitar as coisas boas da vida e, essencialmente, viver um dia de cada vez. Recentemente, parece que as relações andam destinadas a terminarem. Sinal dos novos tempos talvez, onde tudo quanto não seja verdadeiro nas nossas vidas se esfuma :)
Depois de ter passado um serão de ontem maravilhoso, onde encontrei o que há muito me faltava, não pude deixar de pensar: encontrar um quase desconhecido, dedicar tempo a conhecê-lo, despir-nos de roupas e preconceitos e explorar, sem pressas, os nossos corpos foi algo que toda a gente se esqueceu? Será que estamos toldados por uma núvem de necessidade imperiosa de afirmação do EU, onde o que conta é o prazer que procuramos e onde as "investidas" contra o outro se resumem a um Coito automático? Já nos esquecemos dos tempos de juventude, onde passávamos longas horas em sessões de "linguados", até os lábios ficarem dormentes? Ontem decidi que iria fazer diferente: dei-me tempo a mim, dei-lhe tempo a ele e, pela primeira vez em muito tempo, senti uma troca energética tão imensa que, em vez de nos desgastar, só nos tornou mais fortes. Seria amor? Não sei. O que acontecerá hoje, amanhã? Também não sei. Sinceramente, não quero saber. Se quero repetir? Claro!
Só sei que com toda a intensidade que vivi, esqueci-me do que se considera mais importante: o orgasmo. Mas a intensidade do que vivi foi tal, que valeu por umas quantas "jack off's" e não me preocupei nada com isso.
O amor é a única coisa que conheço no Universo que se multiplica, dividindo-se!!!
Viver o HOJE, porque amanhã não existe!!!

domingo, 21 de março de 2010

Carta Pastoral de Bento XVI

Depois da recente Carta Pastoral do Papa à Igreja da Irlanda, onde se sacode a "água do capote" pelo facto do Abuso Sexual de Menores ser uma questão transversal e se pede preserverança e oração para que a Igreja recupere a "dolorosa ferida", não pude deixar de pensar: serão, para a Igreja, os menores os prevaricadores..., as tentações do Demo?!? Invertem-se os papéis e o agressor passa a ser vítima arrependida? E se cada um de nós pudesse expressar livremente a sua sexualidade, sem repressões nem juízos de valor?!? Talvez não houvesse lugar a perversidades deste género, porque não seria necessário usar os mais "fracos" para satisfazer as necessidades humanas reprimidas. Porque a cada um seria permitido expressar-se sexualmente na forma adulta, consciente e plena!

http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?id=78426